
A histerectomia robótica é uma via cirúrgica que tem ganhado destaque no tratamento das mulheres que precisam retirar o útero.
Em ginecologia o robô é utilizado principalmente na cirurgia de endometriose, histerectomia e na miomectomia.
Indicações para histerectomia
As principais indicações para a histerectomia são:
- Adenomiose;
- Mioma;
- Sintomas clínicos refratários ao tratamento clínico, como sangramento aumentado e cólica menstrual;
- Alterações precursoras de câncer, como a hiperplasia endometrial;
- Tumores malignos ginecológicos, como o câncer de endométrio, colo uterino e sarcoma uterino.
Como é a histerectomia robótica
A histerectomia robótica é realizada por incisões no abdome semelhante às da laparoscopia.
São realizadas pequenas incisões entre 8 e 12 mm, por onde a câmera a as pinças são introduzidas no abdome, para a realização da cirurgia.
O robô é comandado pelo médico, que fica sentado em uma console, próximo ao paciente.
Outros dois médicos e o instrumentador ficam ao lado da paciente, comandando uma pinça laparoscópica acessória, realizando a manipulação uterina e, quando necessário, limpeza da câmera e troca das pinças robóticas durante a cirurgia.
Vantagens da histerectomia robótica em relação à histerectomia laparoscópica
- Qualidade da câmera com visão 3D, com permitindo a detecção real da profundidade das estruturas;
- Estabilidade da câmera;
- Precisão na realização dos movimentos;
- Maior amplitude e facilidade na realização dos movimentos, especialmente de movimentos delicados;
- Filtro de tremores da mão do cirurgião;
- Realização de suturas (pontos) em qualquer direção, de maneira mais fácil e rápida;
- Pinças com energia inteligente;
- Curva de aprendizado mais rápida quando comparada com a da laparoscopia;
- O cirurgião faz a cirurgia em uma posição mais ergonômica.
Desvantagens da cirurgia robótica
Existem poucas desvantagens da cirurgia robótica quando comparada com a da laparoscopia, mas pode-se citar:
- Custo para a aquisição de um robô pelo hospital;
- Maior gasto para a paciente, pois muitos planos de saúde não cobrem a taxa do robô;
- Dependendo da cirurgia, incisões mais altas no abdome, o que para algumas pacientes, pode ser um incomodo estético.
Histerectomia robótica x histerectomia laparoscópica
Ambas as vias cirúrgicas são minimamente invasivas, com incisões semelhantes e apresentam igual tempo de recuperação.
Segundo a literatura, quando o cirurgião é adequadamente treinado para as duas técnicas, as taxas de complicações são muito baixas e semelhantes.
Na escolha da via, é necessário levar em consideração alguns detalhes, entre eles:
Além da histerectomia, existe algum outro procedimento que será realizado em conjunto, como por exemplo a retirada de focos de endometriose.
Quanto maior o tempo operatório e maior a complexidade da cirurgia, melhor é o desempenho da via robótica em relação a laparoscopia.
Converse com o seu médico para saber qual a preferência dele e por qual técnica ele opera melhor.
Por onde útero é retirado na histerectomia
O útero pode ser retirado de duas formas:
Coloca-se o útero no interior de uma bolsa plástica especial e então um equipamento chamado morcelador, fragmenta o útero e ao mesmo tempo retira os pedaços para fora do abdome.
A segunda possibilidade é a retirada do útero pela vagina.
Como é a recuperação após a histerectomia robótica
A recuperação após a histerectomia robótica é semelhante à da laparoscopia e gira em torno de 15 dias.
É importante a abstinência sexual por cerca de 45 dias, sendo fundamental uma avaliação clínica antes desta liberação.
Se a cirurgia minimamente invasiva puder ser realizada no seu caso, escolha esta opção e evite a histerectomia aberta.
Agora que você já sabe um pouco sobre histerectomia robótica, conheça o Dr. Fernando Guastella e agende uma consulta.
Referências bibliográficas
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