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O que é histerectomia e os cuidados da cirurgia

Ginecologista especialista em histerectomia

Histerectomia e os cuidados antes e depois da cirurgia

Este texto explica o que é histerectomia, tipos de cirurgia, e os cuidados e orientações antes e depois da cirurgia.

 

Pequenos detalhes nas semanas que antecedem o procedimento e nos primeiros 45 dias após a cirurgia, são fundamentais e diminuem o risco de complicações, além de acelerar a recuperação.

O que é histerectomia.

A Histerectomia é a cirurgia para a retirada do útero e pode ser realizada de quatro formas diferentes:

Histerectomia aberta

A histerectomia aberta, também é chamada de histerectomia por laparotomia e é realizada na maior parte das vezes por um corte semelhante ao da cesárea.

A histerectomia aberta determina uma recuperação pós-cirúrgica mais lenta e está associada a maiores taxas de complicações, quando comparada com as outras técnicas e, por este motivo, é cada vez menos realizada. 

Indicada atualmente para mulheres com úteros muito grandes ou em casos de tumores malignos com disseminação da doença pelo abdome.

Histerectomia aberta
Desenho esquemático de uma cirurgia para retirada do útero

Histerectomia vaginal

A histerectomia vaginal deve ser a técnica de escolha para mulheres com úteros não muito grandes e sem outras doenças pélvicas associadas, como endometriose e cistos de ovário.

Aderências pélvicas são contraindicações ao procedimento.

Mulheres com cesáreas prévias geralmente apresentam aderências entre o útero e a bexiga, sendo uma contraindicação relativa ao procedimento quando na avaliação clínica observam-se muitas aderências no exame físico.

A avaliação pré-operatória individualizada, com exame físico e ultrassom transvaginal realizado no consultório, permite a identificação destas aderências e a viabilidade da cirurgia.

Vantagens: rápida recuperação e ausência de cortes no abdome.

Desvantagens: impossibilidade de tratar outras condições associadas, como por exemplo a endometriose.

Histerectomia por laparoscopia

A histerectomia realizada por laparoscopia permite a realização da cirurgia com pequenos furinhos no abdome, geralmente 4.

A câmera entra pelo umbigo e outros 3 furinhos de 5 mm são realizados na pelve.

A laparoscopia permite a identificação com detalhes de todos os órgãos do abdome, o que permite o tratamento de outras condições que possam estar associadas.

O útero sai pela vagina, assim como o material proveniente de outros tratamentos, como os focos de endometriose.

Para úteros de grandes dimensões, é possível realizar o fatiamento do útero, por um equipamento chamado morcelador e, desta forma, conseguimos tratar úteros de grandes dimensões.

Ginecologista especialista em Histeroscopia cirurgica

Histerectomia robótica

A histerectomia robótica traz todos os benefícios da laparoscopia, com a vantagem de uma câmera de maior resolução espacial, além da imagem 3D.

As pinças cirúrgicas possuem uma articulação a mais, o que permite movimentos mais precisos e amplos quando comparado com a laparoscopia.

Na laparoscopia a cirurgia é feita com o médico em pé e muitos dos movimentos realizados com as pinças, não ergonômicas, o que gera um desgaste do cirurgião durante o procedimento.

Na cirurgia robótica operamos sentados em uma posição muito mais ergonômica quando comparado com a laparoscopia, o que faz diferença especialmente para cirurgias mais longas e complexas.

Tipos de histerectomia

Existem 3 tipos de histerectomia:

  • A Histerectomia total: é definida pela retirada do corpo do útero e do colo uterino;
  • Histerectomia subtotal ou parcial: é retirado somente o do corpo uterino, permanecendo o colo uterino;
  • Histerectomia radical: realizada para os casos de tumores malignos e, nestes casos, além da retirada do corpo e colo uterino, são retirados linfonodos e tecidos adjacentes ao útero, como o paramétrio.

Histerectomia robótica

Indicações para histerectomia

As principais indicações de doenças benignas para histerectomia são mulheres que apresentam mioma ou adenomiose e que não melhoraram com o tratamento clínico.

Existem ainda indicações para casos de tumores malignos, como o câncer de endométrio, câncer de colo uterino, câncer de ovário e alterações pré-malignas, como a hiperplasia endometrial.

Cuidados pré-operatórios para histerectomia

Os principais cuidados pré-operatórios para histerectomia são:

  • Avaliação de risco cardiovascular para mulheres com problemas de saúde, ou para pessoas sem doenças, mas com idade superior a 50 anos.
  • Avaliação nutricional com suplementação proteica, reposição de vitaminas e correção da anemia;
  • Parar de fumar pelo menos por 15 dias antes da cirurgia;
  • Dieta sem resíduos começando 3 dias antes da cirurgia, associada ao uso de luftal.
  • Na véspera da cirurgia consumir pelo menos dois litros de água;
  • Realização do protocolo ERAS (enhanced recovery after surgery), traduzindo significa Otimização da Recuperação Pós-operatória.

O protocolo ERAS estipula um conjunto de medidas, que devem ser tomadas pelos profissionais envolvidos com a cirurgia (cirurgião, anestesista, nutricionista e equipe de enfermagem) e que traz diversos benefícios aos pacientes.

Dentre as recomendações do ERAS pode-se destacar a diminuição no tempo de jejum pré-operatório, com a administração de soluções de calóricas antes do procedimento, sondagem pelo menor tempo possível, técnicas anestésicas que facilitam o início precoce da deambulação e alta hospitalar precoce.

Converse com o seu médico para saber se a equipe cirúrgica utiliza o protocolo ERAS em suas pacientes.

Ginecologista especialista em Histeroscopia cirurgica

Recuperação e Cuidados pós-operatórios da histerectomia

Os cuidados pós-operatórios são:

Deambulação precoce, começando no mesmo dia da cirurgia. Não ficar deitada na cama. Ande ou fique sentada na poltrona, inicialmente sempre com ajuda da enfermagem.

Nutrição individualizada para as suas necessidades, baseada na avaliação pré-operatória.

Alta hospitalar precoce, geralmente 24 horas após a cirurgia. Em algumas situações é possível dar alta no mesmo dia após a cirurgia.

Em casa deve-se seguir rigorosamente o plano alimentar proposto e as atividade física deve ser retomada gradativamente, dependendo do tipo de cirurgia que foi realizada.

Habitualmente após histerectomia vaginal, laparoscópica ou por cirurgia robótica, o retorno para as atividades cotidianas acontece em 15 dias.

Para a cirurgia aberta, geralmente após 4-6 semanas.

O primeiro retorno ao consultório é realizado ao redor de duas semanas e após 45 dias é fundamental nova avaliação clínica com exame clínico para avaliação da cúpula vaginal.

Somente depois desta avaliação com 45 dias, a atividade sexual poderá ser liberada.

A cúpula vaginal demora em torno de 40 dias para cicatrizar e, se você tiver relações sexuais antes deste prazo, pode ocorrer a abertura dos pontos da vagina.

Complicação de histerectomias

As principais complicações das histerectomias são:

  • Sangramento durante a cirurgia;
  • Sangramento após a cirurgia pela abertura de algum ponto;
  • Infecção pós-operatória;
  • Lesão inadvertida do ureter;
  • Lesão de outros órgãos como o intestino e a bexiga;
  • Trombose venosa profunda.

Perceba que parte das complicações estão relacionadas com a experiência e habilidade do cirurgião e depois com os cuidados que devem ser tomados antes e após o procedimento.

Por estes motivos, escolha cuidadosamente o profissional que fará o procedimento e siga rigorosamente todas as recomendações pré e pós-operatórias.

Sinais de complicações após a cirurgia

  • Febre persistente acima de 37,8ºC;
  • Vômitos frequentes;
  • Dor no abdômen, que persiste mesmo após o uso das medicações para dor;
  • Abaulamento na pelo no local da cirurgia;
  • Vermelhidão, saída de pus ou qualquer secreção com mau cheiro na cicatriz do procedimento.
  • Inchaço em uma ou nas duas pernas;

Na presença de qualquer um desses sinais, você deve procurar o seu médico ou ir ao pronto socorro.

Retirada das trompas na histerectomia

As trompas uterinas são responsáveis por cerca de 70% dos tumores malignos do ovário.

A retirada das trompas, portanto, é uma medida muito eficaz para diminuir a chance de um tumor maligno de ovário e , por este motivo, deve se retirada de rotina em toda histerectomia.

Retirada dos ovários na histerectomia

Quando a mulher necessita de uma histerectomia por doença benigna e ainda não está na menopausa, o ideal é que os ovários sejam preservados. 

A produção hormonal ovariana protege contra o desenvolvimento de doenças cardíacas e contra a osteoporose. 

A retirada dos ovários, portanto, deve ser cuidadosamente discutida com a paciente antes dos procedimentos.

Anestesia para histerectomia

As histerectomias realizadas por laparoscopia e por cirurgia robótica são sempre realizadas com anestesia geral.

A histerectomia realizada por laparotomia (corte semelhante ao da cesárea) ou a histerectomia vaginal, a anestesia habitualmente realizada é a raquianestesia, mas se houver necessidade, a anestesia geral também poderá ser realizada.

Qual o valor da histerectomia

O valor da cirurgia não é fornecido por telefone. Cada caso é avaliado individualmente. Os orçamentos são fornecidos somente após a realização de uma consulta.

Ginecologista especialista em Histerectomia

Agora que você já sabe um pouco sobre histerectomia, agende uma consulta.

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