Prolapso dos órgãos pélvicos: definição e tratamentos

Postado em: 23/08/2022

Prolapso dos órgãos pélvicos: definição e tratamentos

Este texto explica quais órgãos podem estar relacionados com o prolapso dos órgãos pélvicos, sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento.

O que é o prolapso dos órgãos pélvicos

O prolapso dos órgãos pélvicos é a mudança de posição de órgãos e estruturas pélvicas.

As principais estruturas que podem estar relacionadas com o prolapso dos órgãos pélvicos é a bexiga, útero, vagina, reto e intestino delgado.

Cerca de 30% das mulheres irão apresentar sintomas relacionados com o prolapso dos órgãos pélvicos, principalmente na menopausa e cerca de 10% dessas mulheres vão precisar de algum tipo de cirurgia para a correção do prolapso.

Cistocele

Cistocele é quando a bexiga sai da sua posição inicial, determinando um abaulamento que pode se exteriorizar pela vagina, principalmente aos esforços.

Existem 3 tipos de cistolece, sendo o melhor exame para este diagnóstico e classificação a ultrassonografia 3D do assoalho pélvico.

É comum a associação com o prolapso uterino e incontinência urinária.

Quando existe a associação com incontinência urinária é fundamental a investigação com estudo urodinâmico, para a definição das estratégias de tratamento.

O tratamento da cistocele leve pode ser realizado com fisioterapia pélvica, reposição hormonal e laser.

O tratamento nas formas mais avançadas é realizado com cirurgia.

Prolapso uterino

prolapso uterino é quando o útero deixa a sua posição inicial e desce pela vagina.

Pode ser classificado em 4 graus, dependendo da gravidade do prolapso uterino.

A classificação atual dos é prolapsos uterinos é chamada de POP-Q (Pelvic Organ Prolapse – Quantification, sendo dividida em quatros estágios.

  • Estágio I: ponto de maior prolapso uterino está localizado até 1 cm para dentro do hímen (-1 cm);
  • Estágio II: o ponto de maior prolapso uterino está localizado entre -1 cm e +1 cm (entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen);
  • Estágio III: o ponto de maior prolapso uterino está a mais de 1 cm para fora do hímen, porém sem ocorrer eversão total do útero;
  • Estágio IV: eversão total do útero.

O tratamento no estádio I habitualmente é clínico, com fisioterapia pélvica, terapia de reposição hormonal e laser.

O tratamento a partir do estádio II costuma ser a cirurgia. Em mulheres sem condições cirúrgicas por doenças associadas, os pessários podem ser uma solução.

Retocele

A retocele é uma protusão do reto para dentro da vagina, determinando um abaulamento, que piora durante os esforços e pode determinar dificuldade para as evacuações.

É comum a associação com prolapso uterino e cistocele e incontinência urinária.

Em graus mais avançados a mulher somete consegue evacuar com auxílio das mãos, reduzindo a retocele, para facilitar a saída das fezes.

O diagnóstico é realizado por meio do exame clínico e o melhor exame por imagem é a ultrassonografia do assoalho pélvico.

O tratamento de escolha é a cirurgia.

Enterocele

A enterocele é a saída de alças intestinais pela vagina, mais frequentemente de intestino delgado e menos frequentemente do sigmoide.

A enterocele pode acontecer em mulheres com útero e mulheres que realizaram histerectomia.

Nas mulheres com útero as alças intestinais saem por traz do colo uterino (fundo de saco de Douglas) e nas mulheres sem útero por uma eversão da vagina associada as alças intestinais.

Prolapso dos órgãos pélvicos associados

É comum a associação dos prolapsos, ou seja, cistocele pode estar associado ao prolapso uterino e retocele simultaneamente.

O que causa o prolapso de órgãos pélvicos

Os principais fatores de risco para os prolapsos dos órgãos pélvicos são:

História prévia de parto normal e cesárea.

  • Menopausa;
  • Tabagismo
  • Obesidade;
  • Doença pulmonar que causa tosse de forma crônica (DPOC);

Doenças em que a mulher tem deficiência no colágeno, como a síndrome de Marfan ou a síndrome de Ehlers-Danlos.

Sintomas do prolapso dos órgãos pélvicos

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do prolapso dos órgãos pélvicos é realizado pelo exame clínico.

O principal exame complementar que deve ser solicitado é a ultrassonografia 3D do assoalho pélvico.

O estudo urodinâmico deve ser solicitado nos casos de associação com incontinência urinária.

A defecorressonância pode ser solicitada quando os exames acima não forem suficientes para explicar as queixas relacionadas especificamente com eventuais disfunções evacuatórias.

O diagnóstico diferencial principal do prolapso dos órgãos pélvicos é com tumores do aparelho reprodutor.

Tratamento

O tratamento para os estágios com poucos sintomas e iniciais deve ser realizado com fisioterapia pélvica, terapia de reposição hormonal e laser.

A cirurgia é indicada quando os sintomas não forem adequadamente controlados e nos casos mais avançados.

Antes e após a cirurgia deve ser discutida a terapia de reposição hormonal local ou sistêmica, que melhora os resultados da cirurgia.

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