Comparação entre radiofrequência e embolização de miomas

Postado em: 25/08/2022

Comparação entre radiofrequência e embolização de miomas

Este texto explica e faz uma comparação entre radiofrequência e embolização dos miomas, indicações, contraindicações, complicações e o pós-operatório de ambas as técnicas.

Como é a Radiofrequência para o tratamento de mioma

Quando falamos de comparação entre radiofrequência e embolização dos miomas, a radiofrequência para o tratamento dos miomas é uma técnica minimamente invasiva, que promove a destruição dos miomas de forma precisa, por meio de uma agulha, que libera energia elétrica de forma
controlada.

Esta energia elétrica determina um aumento controlado da temperatura, causando a necrose do mioma.

Todo o procedimento é guiado pela ultrassonografia transvaginal. O procedimento é realizado em centro cirúrgico, sob sedação ou anestesia geral.

O procedimento tem duração entre 15 e 40 minutos, com a alta hospitalar acontecendo cerca de 2-3 horas após o término do procedimento.

O pós-operatório é praticamente indolor, sendo comum o sangramento por 24 horas. O retorno para as atividades habituais pode ser realizado no dia seguinte ao procedimento.

Importante destacar que algumas mulheres podem apresentar sangramento semelhante a uma menstruação, por até 7 dias.

Principais critérios para a realização da radiofrequência

  • Mioma com crescimento progressivo em mulheres jovens;
  • Miomas que causam sangramento aumentado;
  • Miomas de até 8-9 cm;
  • Até 3 miomas grandes;
  • Nódulos da classificação FIGO 2, 3, 4, 5 e 2-5.

Contraindicação para a realização da radiofrequência

  • Miomas submucosos, pois estes nódulos podem ser retirados por
    histeroscopia, que é o procedimento de escolha nesta situação;
  • Miomas subserosos (que crescem para fora do útero);
  • Nódulos suspeitos para sarcoma;
  • Múltiplos miomas que precisam de tratamento.

Complicações da radiofrequência no tratamento

Lesão inadvertida de alguma estrutura ou órgão pelo médico executante do procedimento. Embora raramente documentada na literatura é uma das possíveis complicações.

Em miomas submucosos pode ocorrer migração do mioma tratado para a cavidade uterina, causando sangramento prolongado e eliminação gradual do mioma em pedaços.

Nesta situação é possível a realização de uma histeroscopia, com remoção do restante do mioma degenerado.

O procedimento é simples e com pouco sangramento, já que o mioma foi previamente tratado pela radiofrequência.

Como é a embolização para o tratamento de miomas?

embolização é um procedimento na qual um cateter longo é introduzido através de uma artéria da virilha, que chega até o útero.

Para o cateter chegar até o útero, são realizadas algumas manobras, guiadas por uma máquina que emite raios-x (fluoroscopia) e contraste iodado.

Quando o cateter estiver bem-posicionado na artéria uterina, são introduzidas substâncias (êmbolos) que entopem a artéria uterina e seus ramos, causando um infarto nos miomas e em algumas porções do
miométrio.

A anestesia geralmente é local, juntamente com uma sedação.

A alta hospitalar acontece no dia seguinte, para que a paciente possa receber analgesia endovenosa adequada e ficar em repouso para diminuir a chance de sangramento no local da punção arterial.

A dor no útero após o procedimento de embolização habitualmente é de forte intensidade, já que além do mioma sofrer um infarto, pequenas porções difusas do miométrio também sofrem um infarto.


Nos dias subsequentes é comum a paciente referir cólicas e, mais raramente, náuseas e febre baixa.

Na alta hospitalar, a paciente receberá medicamentos para dor e para náuseas e o retorno às atividades normais acontece dentro de uma semana.

O sangramento menstrual diminui a partir do primeiro mês, sendo possível a ausência de menstruação por 1 ou 2 meses.

Os miomas e o útero continuam a diminuir de tamanho pelos próximos 6 meses e então estabiliza.

Complicações

Nessa comparação entre radiofrequência e embolização dos miomas, quando falamos de complicações, podemos destacar os danos ao vaso sanguíneo puncionado, incluindo hematomas, formação de fístula e sangramento no local do acesso vascular, que algumas vezes necessita de intervenção cirúrgica para o tratamento.

Migração dos êmbolos para outros órgãos que não o útero, sendo os mais comuns os ovários, determinando diminuição da reserva ovariana ou menopausa e o pulmão, causando embolia pulmonar. Este tipo de complicação é incomum.

O risco de reação alérgica ao contraste iodado, que pode variar de leve a grave. Este risco é semelhante ao risco de reação alérgica ao contraste da tomografia.

Entre 2-3% das mulheres irão eliminar pequenos pedaços de mioma após o procedimento, especialmente se a paciente apresentar miomas submucosos.

Nesta situação pode ser necessária a realização de uma histeroscopia para a retirada do restante do mioma, que habitualmente é fácil, pois o mioma já está sem vascularização.

Em relação à fertilidade, existe o risco de a embolização ser mais intensa que o esperado e a vascularização endometrial ficar comprometida. Nesta situação a gestação poderá ser mais difícil, ou até impossível.

Principais indicações

  • Mulheres com miomas que apresentam sintomas de sangramento
  • aumentado;
  • Pacientes que não desejam realizar miomectomia ou histerectomia;
  • Mulheres com contraindicações para a realização de cirurgia, por
  • problemas graves de saúde;
  • Incontáveis e pequenos miomas uterinos, difusamente espalhados
  • pelo miométrio

Contraindicações

  • Miomas que podem ser retirados por histeroscopia;
  • Miomas localizados no colo uterino, pois recebem vascularização da
  • artéria cervical;
  • Miomas subserosos pediculados, pelo risco de necrose do mioma e
  • caída do nódulo na cavidade abdominal;
  • Nódulos suspeitos para sarcoma;
  • Mulheres alérgicas ao contraste iodado

Qual o melhor tratamento?

Sempre que possível, miomas submucosos devem ser retirados por histeroscopia.

Caso não seja possível a histeroscopia e existam poucos miomas a serem tratados, a radiofrequência é menos invasiva, com recuperação mais rápida e menor chance de complicações, quando comparada com a embolização.


Se a mulher apresentar sintomas, com útero de dimensões muito aumentadas, grande quantidade de miomas e não quiser realizar miomectomia ou histerectomia, a embolização é o procedimento de escolha.

Agora que você já sabe um pouco sobre radiofrequência e embolização para o tratamento dos miomas, conheça o Dr. Fernando Guastella e agende uma consulta.


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