Este texto explica o que é prolapso uterino, como é feito o diagnóstico e quais as melhores opções de tratamento.
O que é prolapso uterino
Prolapso uterino é quando o útero sai de sua posição inicial e desce pela vagina, podendo em algumas situações exteriorizar-se para o lado externo do corpo.
Isso acontece quando existe lesão ou enfraquecimento dos ligamentos e músculos que mantém o útero em sua posição correta.
Existem outros tipos de prolapsos que podem estar associados ao prolapso uterino, como a bexiga caída (cistocele), reto caído (retocele) e prolapso de alças de intestino delgado (enterocele).
O exame físico com os métodos por imagem, permitem este diagnóstico.
Fatores de risco para o prolapso uterino
Os principais fatores de risco são:
⦁ Gestação;
⦁ Parto normal;
⦁ Menopausa:
⦁ Obesidade;
⦁ Doenças do tecido conjuntivo, como mulheres com síndrome de Marfan ou Ehlers-Danlos;
⦁ Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
⦁ Tabagismo.
Algumas vezes, porém, não encontramos o motivo para o prolapso uterino.
Como é classificado o prolapso uterino
A classificação atual dos é prolapsos uterinos é chamada de POP-Q (Pelvic Organ Prolapse – Quantification, sendo dividida em quatros estágios.
⦁ Estádio I: ponto de maior prolapso uterino está localizado até 1 cm para dentro do hímen (-1 cm).
⦁ Estádio II: o ponto de maior prolapso uterino está localizado entre -1 cm e +1 cm (entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen).
⦁ Estádio III: o ponto de maior prolapso uterino está a mais de 1 cm para fora do hímen, porém sem ocorrer eversão total do útero
⦁ Estádio IV: eversão total do útero.
Quais os sintomas do prolapso uterino
Os sintomas do prolapso uterino podem ser variados, mas geralmente a mulher refere as seguintes queixas:
⦁ Sensação de bola na vagina;
⦁ Incontinência urinária;
⦁ Dor pélvica;
⦁ Dor na relação sexual;
⦁ Corrimento vaginal;
⦁ Dificuldade para urinar ou evacuar.
⦁ Exteriorização do útero pela vagina.
Como é realizado o diagnóstico
O diagnóstico de prolapso uterino é feito pela história clínica e por um exame físico detalhado, buscando quantificar adequadamente.
A ultrassonografia 3D do assoalho pélvico é um exame que também pode ser realizado para a avaliação e quantificação dos defeitos anatômicos e identificação de outros prolapsos associados, como a hipermobilidade do colo vesical, prolapsos apicais, cistocele, retocele, enterocele e no controle pós-operatório.
A ressonância magnética também pode ser utilizada com o mesmo objetivo da ultrassonografia 3D do assoalho pélvico.
O estudo urodinâmico em algumas mulheres também deve ser realizado, na dependência de queixas associadas, como incontinência urinária e urgência miccional.
Como é o tratamento do prolapso uterino
O tratamento pode ser feito de forma conservadora ou cirúrgica, dependendo da intensidade dos sintomas, idade, comorbidades e vida sexual.
Fisioterapia pélvica no prolapso uterino
O fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, com os exercícios de Kegel e o pompoarismo, representam o pilar do tratamento fisioterápico e indicada no prolapso grau 1 e 2.
A fisioterapia auxilia tanto no tratamento, como na prevenção do prolapso dos órgãos pélvico.
Os resultados da fisioterapia para o tratamento, dependem da frequência e adesão da paciente ao tratamento.
Sempre que possível, deve estar associado a outros tratamentos, como a terapia de reposição hormonal, laser e a radiofrequência.
Quando a fisioterapia é interrompida, as queixas com o tempo habitualmente retornam, portanto, a paciente deve ter a consciência que os exercícios serão contínuos.
Tratamento hormonal
A terapia de reposição hormonal pode ser realizada de forma local (creme vaginal hormonal) ou sistêmica e é indicada principalmente nos prolapsos grau 1 e 2 em associação à fisioterapia.
O resultado com a terapia de reposição hormonal local é semelhante ao sistêmico e a escolha do tipo de tratamento, depende de avaliação individual.
O baixo nível estrogênico diminui o colágeno e a vascularização das estruturas pélvicas, facilitando o prolapso uterino.
A terapia de reposição hormonal atua tanto na prevenção, como no tratamento do prolapso nos estágios mais iniciais.
Laser e radiofrequência vaginal
O laser e a radiofrequência vaginal determinam aumento da produção de colágeno e da vascularização.
Devem ser utilizados em conjunto com a terapia de reposição hormonal e a fisioterapia pélvica.
São indolores e indicados também para a outras situações, como a síndrome urogenital, incontinência urinária e secura vaginal, mesmo em pacientes que não estão na menopausa.
Pessários
Os pessários representam uma opção para o controle dos sintomas dos prolapsos uterinos leves, quando a cirurgia não puder ser realizada.
São produzidos com silicone e apresentam múltiplos modelos e tamanhos diferentes, que podem ser utilizados dependendo do tipo de prolapso que a mulher apresenta, como por exemplo o prolapso uterino, cistocele, retocele ou prolapso de cúpula vaginal.
A escolha do tipo de pessário, deve passar primeiro pela avaliação do ginecologista, que deve indicar o modelo mais adequado para cada situação.
Cirurgia para prolapso uterino
A cirurgia é indicada nos estágios 1 e 2, quando o tratamento clínico não estiver melhorando os sintomas e nos estágios 3 e 4, em que o tratamento clínico tem baixa capacidade de resolução dos sintomas.
As duas principais opções cirúrgicas são a histerectomia e a colpocleise.
Histerectomia para prolapso uterino
A histerectomia deve ser sempre acompanhada de uma fixação da parte superior da vagina ou do colo uterino.
Diversas técnicas têm sido descritas, sendo que recentemente a cirurgia robótica com a sacrocolpofixação tem ganhado destaque entre as correções cirúrgicas, devido à baixa taxa de recidivas quando comparada com as demais técnicas.
Colpocleise para o prolapso uterino
A colpocleise é utilizada para as mulheres que não tem mais vida sexual ativa, sendo realizado o fechamento da vagina, com ou sem a realização da histerectomia.
Como é a recuperação após a correção cirúrgica do prolapso uterino
A recuperação da cirurgia é rápida, tanto a técnica realizada pela via vaginal como por via cirurgia robótica e dura em média cerca de 15 dias.
Atividade física mais intensa poderá ser realizada habitualmente após 30 dias, mas esse tempo deve ser individualizado.
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